Com todas as dificuldades , a nível nacional, o Cedenpa tem se ligado, mais estreitamente , com a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Rede Mocambos , Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
Vale registrar que a nível regional, o Cedenpa tem tido boa aproximação com o IMENA-Instituto de Mulheres Negras do Amapá, com o qual está tentando fortalecer a Rede Fulanas – Mulheres Negras da Amazônia e tem tratado também de operacionalizar o Encontro de Mulheres Quilombolas do Pará.

Há também a histórica ligação com o CCN – Centro de Cultura Negra do Maranhão do qual o Cedenpa recebeu muito apoio durante seus primeiros anos.

Já no âmbito geral e mesmo sendo meio movimento social e meio ONG, Cedenpa participa da Abong-Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais; PAD – Processo de Articulação e Diálogo, este reune movimentos sociais, ongs, igrejas e agências de cooperação internacional.

O Cedenpa também faz parte do FAOR – Fórum da Amazônia Oriental , que comgrega representação de vários Estados da Amazônia, e tem um viés bastante ambiental.

MOVIMENTO NEGRO NO BRASIL:

REVISITAR 
SEMPRE.

Um
país como o Brasil, de mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, com uma
população beirando a casa dos 200 milhões, 
onde metade pode ser considera afro-descendente e onde a heterogeneidade,
a diversidade é a tônica em  quase 
todos os aspectos, o Movimento Negro não poderia deixar de ser diverso.
Todas as entidades têm o mesmo objetivo mas geralmente divergem nos caminhos a
serem seguidos para alcançá-lo. São centenas de organizações espalhadas
pelo país,  mas o próprio racismo
se incumbe de impedir que consigam congregar e potencializar seus esforços de
forma  a provocar os impactos políticos
que a gravidade da Causa requer. Embora não se possa colocar fronteiras no
trabalho dessas organizações, é possível agrupá-las e o fazemos aqui, da
seguinte maneira:

 

a)
Espaço das agremiações/blocos carnavalescos, grupos capoeira e outros
afins–ênfase nas manifestações afro-culturais lúdicas, mas trabalhando
também a questão da integração, e/ou auto-valorização 
coletiva, geralmente através da  educação;

 

b)
Espaço 
afro-religiosos – procura equalizar as religiões de raízes afro às
demais professadas no país;

 

c)
Coletivos
de mulheres negras – Com ênfase na questão de gênero, mas trabalhando os
diversos aspectos da luta;

 

d)
Espaço
dos Partidos políticos – Trabalha a integração via participação no poder
político propriamente dito, com os desdobramentos para o todo social. Há
divergências  entre negros do mesmo
partido sobre a prioridade ou não  da
luta contra a pobreza (luta de classes)  sobre
as demais – racismo, machismo, etc;

 

e)
Espaço
Sindical – Trabalhando a integração,  dando
ênfase à equalização de oportunidades no mercado de trabalho, inclusive com
ações dentro de Centrais Sindicais;

 

f)
Espaço
Cristão – Buscando garantir a participação igualitária nos espaços da
religião cristã e através dela. Algumas se propõe a defender um ecumenismo
que contemple as religiões de raízes ‘afro’. Em alguns lugares existem
‘irmandades’ antigas;

 

g)

Espaço
Sociedade Civil/Estado – Os Conselhos estaduais e municipais se inserem nesse
espaço;

 

h)
Espaço
de Entidades Ecléticas – Entidades que trabalham 
com temáticas múltiplas (políticas públicas, educação, cultura, saúde,
terra, trabalho, etc.);

 

i)
Espaço
das Comunidades Negras Rurais – Ênfase  à
legalização da terra, mas propondo implantaçào de projetos auto-sutentáveis 

. Atualmente existe uma Comissão Nacional Provisória, cuja 
sede no Maranhão;

 

j)
Espaço
de ONGs propriamente dito – Boa parte dessas organizações 
trabalham basicamente  na
formação de quadros para o Movimento Negro e Assessoria;

 

k)
Espaço 
mídi’tico – aqui inclui jornais, revistas, programa de rádio ou TV
que lidam prioritariamente com a temática negra;

 

l)
Espaço
Acadêmico –  Existem alguns 
Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs) 
e alguns Centros de Estudos, como o Afro-Asiático-RJ , 

ligados à diversas  Universidades
do país;
  

m)
Espaço
Artístico – Coletivos literários e/ou lítero-musicais que geralmente atuam
de forma independente de outras organizações;
 

n)
Espaço  ‘Coletivo’ –
Neste caso cita-se os Fóruns municipais, estaduais e nacionais (aqui se insere, 

por exemplo, a Conen – Coordenação Nacional de Entidades negras) .
Esses e os Conselhos são espaços onde tem havido maior esforço de uma convivência
com as divergências.
 

o)
Espaço do Estado – Aqui se insere os Órgão criados a nível federal,
estadual e municipal ( Fundação Cultural Palmares, 
Secretaria do Negro, em Belo Horizonte, são alguns exemplos), que a
rigor, não devem ser  considerados
como ‘movimento negro’, pois  este
se insere nos movimentos sociais.

 

Um
aspecto a destacar aqui é que apesar de bastante empanada pelos acontecimentos
do ´11 de setembro´ (WTC-USA) , a  Conferência
Mundial contra o Racismo, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância (Durban-África
do Sul 2001)
abriu
várias perspectivas para o avanço da superação do racismo institucional . O
Cedenpa esteve presente com 4 (quatro)  representantes,
sendo uma das três Entidades do Movimento Negro Brasileiro que se pronunciou na
plenária pública. O Cedenpa continua ligado à Articulação de Mulheres
Negras Brasileiras (AMNB)  e à
Coordenação  Nacional de Entidades
Negras-Conen.

 

 

Sobre a Marcha do dia 20 de Novembro em São
Paulo

Editorial  

Meu
caro Zumbi  de Palmares:

Bom
dia! 

Te
passo os informes de como a coisa rolou por aqui no Dia Nacional da Consciência
Negra.

Continuamos
a luta que você nos ensinou; quilombando aqui e ali 

Quilombando
sempre nos espaços urbanos rurais e periféricos e governamentais.

Armad@s
com as armas da justiça mostrando que não ficaremos mais calad@s

perante às desigualdades ,injustiças e a falta de compromisso com a
população negra. 

Nossa
guerrilha tem sido  diferente na forma ,porém são iguais os  fatos.Na
continuação vamos recriando Palmares pelo Brasil afora.

Pois
é amigo, não está sendo fácil grana curta ,trabalho muito e às  vezes 
ainda caímos em algumas emboscadas armadas pel@s

capitães do mato e racist@s 
de plantão.

Sobrevivemos!

Traçando
o nosso mapa  de fuga para não cair nas  armadilhas :


Seguiremos
a trilha pela implantação da Lei l0.639 ,o combate ao  preconceito
,o racismo ,a discriminação religiosa ,a titulação das terras dos
remanescentes de quilombos ,cotas em todos os níveis,enfim ,seguiremos
caminhando  com cautela para garantir os direitos de 49,6% da populaçao
sobrevivente.Estamos vigilantes ,já aprendemos a monitorar a astúcia do
inimigo e não usaremos as armas de extermínio que utilizam contra nós.

Zumbi,
a negrada está lutando em alto estilo, só para você ter uma idéia do que
rola aqui no Ayê, nós estamos reivindicando o Feriado Nacional em sua
homenagem.Gostou?

Rolando
eventos com marchas,passeatas,caminhadas,paradas e muita festa do Oiapoque ao
Chuí, Na Alemanha,França,Cabo Verde, olha só Zumbi Internacional..


Pois
é meu preto , o tantan da atualidade agora é navegar  na internet 
.Coisa de pretos,pretinhas.

Avisa
para Dandara que as mulheres negras de todo o Brasil   estão
dando um show de competência na luta pela sobrevivência e guerreando por
Políticas de Ações Afirmativas .

Finalizando nosso
 papo vitual  te comunico:

A
coisa aqui tá preta!

Zumbi

saiba mais  visitando o nosso
site
www.casadeculturadamulhernegra.org.br  .


Ah!
a juventude negra  manda um beijo procê.

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