O Observatório do Carnaval, montado no de Referência e Atenção à Mulher Loreta Valadares, em Salvador, para receber denúncias de discriminação durante a festa momesca da capital baiana, teve o racismo como a ocorrência mais registrada, durante os seis dias. Ao todo, foram 765 denúncias de discriminação racial na cidade que é considerada a mais negra fora do continente africano.

Em segundo lugar, apareceu a violência contra a mulher (408 casos) e, em terceiro, a homofobia (394). Os números foram divulgados pelo Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem) do Ministério Público do Estado (MP-BA), que participou do plantão no observatório.

A equipe do Gedem, formada por 12 servidores, informou, ainda, que fez um trabalho de conscientização nos circuitos da festa, distribuindo cerca de 32 mil informativos, entre folders e ventarolas, que traziam informações sobre a Lei Maria da Penha, violência doméstica e sobre o atendimento realizado no Gedem.

O grupo também realizou mais de 60 atendimentos na área da Infância e Juventude. Entre as infrações mais registradas, estão casos de roubo, porte de armas de fogo e tentativa de homicídio, sendo que o maior número de ocorrências se referiam a tráfico e porte de drogas (23 casos), furtos (10 casos) e lesões corporais (oito casos).

De Salvador,
Erikson Walla
*Colaborou Ascom/MP-BA

Fonte: Vermelho

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