1. Denominação:

Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará-CEDENPA.

2. Endereço:

Rua dos Timbira, Passagem Paulo VI, 244 – Cremação, Cep 66.045-040 Belém-PA-Amazônia-Brasil, Fone-(091) 3223 1728, e-mail: cedenpa@cedenpa.org.br

3. Aspectos Jurídicos.

3.1. Registros:

a)CNPJ 04.201.315/0001-58
b)CNAS : 28985.001012/94-70 -DOU 28.11.96
c)Utilidade Pública Municipal – Lei 7465, 13.10.89
d)Utilidade Pública Estadual – Lei 5665, de 12.04.91
e)Utilidade Pública Federal Decreto s/n publicado no DOU de 17.01.2000.

3.2. Instâncias Decisórias/Aspecto Organizativo.

-Assembléia Geral – caráter deliberativo
-Reuniões Ordinárias – caráter deliberativo
-Coordenação Geral : caráter Executivo, com três membros
-Coordenação Administrativa: (representante legal)
-Coordenação Financeira (representante legal)
-Coordenação de Acompanhamento de Projetos
-Conselho Fiscal
-Conselho Consultivo (Informal)
-Grupos temáticos: Educação, Articulação, Apoio a comunidades Quilombolas, Geração de Renda (Griffe Obanixá, Quilombo da República), Cultura (Banda Afro-Axé Dàdù-BAAD; Grupo de Pagode-Os Crioulos; Grupo de Projetos

4. Fontes de Recursos Financeiros:

Projetos e Convênios apoiados/firmados por órgãos do Estado (a nível de Município, Estado e União),agência da cooperação internacional, Ongs nacionais, venda de livros da própria Entidade, artesanato, roupas da griffe Obanixá, doações de associados, de ativistas e simpatizantes. Normalmente o Cedenpa efetiva suas vendas na sua loja `Quilombo da República – Ingá´, localizado na Praça da República.

5. Histórico Sintético:

O Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – CEDENPA foi fundado em 10.08.80 por um grupo de pessoas negras incomodadas com o racismo aberto e disfarçado existente na sociedade. Nessa época o país ainda vivia sob ditadura militar (desde 1964) mas entrava num período de abertura democrática. Infelizmente ainda hoje, apesar de algumas conquistas , o racismo à brasileira condiciona a maioria da população negra a suportar uma vida muito dificil pois à discriminação racial se superpõe e interage com todas as outras discriminações, sobretudo, com as ligadas às questões de classe , de gênero, de orientação sexual.
O Cedenpa foi legalizado a partir de uma reunião realizada, em Apeú-Castanhal, em 16.08.81 pois era necessário, àquela altura, evitar o processo de clandestinidade. O registro ocorreu em 27.04.1982, Atualmente suas ações são balizadas pelas diretrizes registradas no tópico seguinte.
Até aqui o Cedenpa tem procurado atuar nas mais diversas frentes, sobretudo, focando o dever do Estado (Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público), que tem uma dívida histórica para com a população negra. Não teria havido o escravismo sem a contribuição do Estado. O Cedenpa entende que os principais instrumentos de reprodução do racismo e suas consequências são: -Escolas-Igrejas-Mídias-Família , que realimentam o racismo de forma circular entre si . Veiculam ideologias e estereótipos negativos sobre a população negra estimulando a que os próprios negros e negras introjetem uma falsa inferioridade racial, a qual tem induzido, coletivamente, a busca de formas diversas de embranquecimento e a de aceitar a falsa idéia de existência de uma democracia racial no Brasil.
Esses instrumento ideológicos , embora estejam no plano das idéias, acabam tendo desdobramentos no plano material, fazendo com que a população negra seja objeto de discriminação negativa nos mais diversos setores da vida social , reduzindo suas oportunidades nas áreas de educação, trabalho, saúde, cultura , política, esporte, lazer, e em todas as outras.

Importa registrar que a forte presença de mulheres na direção do Cedenpa desde sua fundação, de algum modo, tem dado uma tônica feminina diferente,tentando atuar de forma a seguir um teórico ´jogo-dança´de capoeira: avançando, recuando, girando para um lado e para outro, abaixando e levantando suas´ armas´. Paciência com tenacidade no caminhar em busca de uma sociedade justa, solidária sem hipocrisia.

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Divulgação de 100 anos de Abolição – Momento histórico para a luta da população negra, que denuncia o racismo no dia 13 de Maio -Falsa Abolição

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